Há 83 anos, o Esporte Clube Bahia era fundado por ex-jogadores do Clube Bahiano de Tênis e da Associação Atlética da Bahia, que haviam desativado seus departamentos de futebol. De lá para cá, o Tricolor se tornou o maior time do Nordeste brasileiro, bicampeão nacional e dono da torcida mais fanática do país.
O Bahia já surgiu ganhando. Foi campeão dos primeiros campeonatos que disputou, recebendo ali o apelido de “Nascido para vencer”. Em 1959, diante do Santos de Pelé, conquistou a sua primeira estrela no Maracanã e virou o primeiro representante do Brasil na Taça Libertadores da América.
Nos anos 1970, chegou a ser heptacampeão estadual. Em 1988, faturou o segundo Brasileirão de sua história. Em 2007, cravou a maior média de público do país mesmo estando na terceira e então última divisão: mais de 40 mil pagantes por jogo.
No mesmo dia do acesso, viu a sua Fonte Nova desabar. Sete irmãos tricolores não resistiram. Enquanto o local era reconstruído para a Copa do Mundo de 2014, passou a ter como mando de campo o estádio de Pituaçu. Voltou à Fonte em 2013, quando ajudou a repopularizar o estádio.
Também já faturou seis títulos regionais e 44 baianos, sendo um dos recordistas no Brasil. Em 2010, quando retornou à elite do futebol, recebeu a honraria de “Torcida de Ouro” por parte da CBF.
Neste ano, realizou a sua primeira eleição democrática, com voto direto e participação de milhares de sócios, graças a uma intervenção judicial contra a antiga diretoria, afastada por irregularidades no pleito de 2011.
Agora, possui o estatuto mais revolucionário do país, com remuneração para o presidente e aplicação da Lei da Ficha Limpa, entre outras medidas inovadoras. “O Bahia foi fundado em 1º de janeiro de 1931 e, 83 anos depois, foi verdadeiramente refundado. Estamos diante de uma refundação do clube, que começou com a intervenção e se consolidou com as eleições. Em 2014, teremos alegrias também dentro de campo”, afirma o presidente Fernand Schmidt.